REVOLUÇÕES INGLESAS
1- REVOLUÇÃO INGLESA
Para que serve a Câmara dos Lordes?
Apesar de ainda ocupar cadeiras no Parlamento, a nobreza vem perdendo poderes
Roberta Ávila
O
uniforme deles já foi uma capa preta ou vermelha e incluía ainda uma
peruca longa, cacheada e branca. Em obediência à sua majestade, a
rainha, os lordes silenciam durante as cerimônias de abertura do
Parlamento, formado também pela Câmara dos Comuns, eleita pela
população. Toda essa pompa já fez mais sentido. Hoje, no entanto, os 740
senhores e damas vêm encolhendo nas decisões políticas da Inglaterra -
perderam, inclusive, o direito às próprias perucas. É que atualmente
eles apenas propõem, revisam e fazem emendas na legislação, além de
debaterem as decisões do Executivo. Pode parecer muito, mas, quando foi
criada, no século 14, a Câmara dos Lordes era o braço direito da
monarquia. Isso significa que, além de concentrar todo o poder
legislativo do país, ela era ainda a corte de suprema instância para
apelações judiciárias (daí as perucas, usadas hoje apenas por juízes).
"No século 20, ela enfraquece de fato e passa a ser questionada", diz
Kirk Buckman, cientista político da Universidade de New Hampshire, EUA.
O auge do poder foi no século 16, quando Henrique VIII ampliou suas atribuições até sobre assuntos religiosos. Porém, conforme se sobrepôs à monarquia, ela incitou faíscas que gerariam a Revolução Inglesa - responsável por sua extinção por cinco décadas. A partir do século 20, os nobres (não assalariados, em sua maioria) perderam o direito ao cargo por herança, restando apenas 92 herdeiros (que não poderão passar a cadeira aos filhos). E mais: a Câmara pode ser democratizada após as eleições deste ano. Até aqui, os titulares são definidos por indicação de colegas e da rainha.
O auge do poder foi no século 16, quando Henrique VIII ampliou suas atribuições até sobre assuntos religiosos. Porém, conforme se sobrepôs à monarquia, ela incitou faíscas que gerariam a Revolução Inglesa - responsável por sua extinção por cinco décadas. A partir do século 20, os nobres (não assalariados, em sua maioria) perderam o direito ao cargo por herança, restando apenas 92 herdeiros (que não poderão passar a cadeira aos filhos). E mais: a Câmara pode ser democratizada após as eleições deste ano. Até aqui, os titulares são definidos por indicação de colegas e da rainha.
Dicionário Nobre
Dicionário Nobre
Conheça os títulos de nobreza e saiba como funciona a Câmara
Lord speaker
Deve ser politicamente imparcial e eleito pelos colegas. Tem a função de presidir os debates, oferecer conselhos sobre procedimentos e atuar como embaixador para os trabalhos dos lordes tanto no Reino Unido como no exterior.
Clerk
Atua como uma espécie de secretário do Lord Speaker. Aconselha, apoia e ajuda a organizar estratégias para criar um consenso em votações importantes e gerar o sentimento de identidade. A vestimenta cerimonial é a mesma usada pela maioria dos integrantes da Câmara.
Law Lords
Eram os lordes que detinham conhecimentos jurídicos e julgavam os casos de apelação quando a Câmara era a última e mais alta instância de recurso da Justiça britânica. Em 2003, os dez membros passaram a fazer parte da Suprema Corte do Reino Unido, que tem, ao todo, 12 membros.
Spiritual Lords
Bispos que ocupam seus assentos na Câmara dos Lordes apenas enquanto tiverem cargos na Igreja Anglicana.
Temporal Lords
São os demais integrantes. Têm permanência vitalícia, mas o direito hereditário ao cargo foi extinto em 1999.
Aliados do governo
Sentam-se sempre à direita do trono.
Crossbenchers
Lordes que não apoiam o governo nem a oposição ou que não pertencem a nenhum partido político.
Frontbenchers
Ministros, secretários de governo e líderes.
Oposicionistas
Situam-se à esquerda do trono.
Backbenchers
Dão suporte aos líderes da situação ou aos opositores.
Deve ser politicamente imparcial e eleito pelos colegas. Tem a função de presidir os debates, oferecer conselhos sobre procedimentos e atuar como embaixador para os trabalhos dos lordes tanto no Reino Unido como no exterior.
Clerk
Atua como uma espécie de secretário do Lord Speaker. Aconselha, apoia e ajuda a organizar estratégias para criar um consenso em votações importantes e gerar o sentimento de identidade. A vestimenta cerimonial é a mesma usada pela maioria dos integrantes da Câmara.
Law Lords
Eram os lordes que detinham conhecimentos jurídicos e julgavam os casos de apelação quando a Câmara era a última e mais alta instância de recurso da Justiça britânica. Em 2003, os dez membros passaram a fazer parte da Suprema Corte do Reino Unido, que tem, ao todo, 12 membros.
Spiritual Lords
Bispos que ocupam seus assentos na Câmara dos Lordes apenas enquanto tiverem cargos na Igreja Anglicana.
Temporal Lords
São os demais integrantes. Têm permanência vitalícia, mas o direito hereditário ao cargo foi extinto em 1999.
Aliados do governo
Sentam-se sempre à direita do trono.
Crossbenchers
Lordes que não apoiam o governo nem a oposição ou que não pertencem a nenhum partido político.
Frontbenchers
Ministros, secretários de governo e líderes.
Oposicionistas
Situam-se à esquerda do trono.
Backbenchers
Dão suporte aos líderes da situação ou aos opositores.
Para viajar no tempo, 22/09/2010
Trailer do filme Morte ao Rei (To Kill of the King)
Cenas da execução de Charles Stuart, rei da Inglaterra em 1649.
Confira e treine seu inglês!
Confira e treine seu inglês!
REVISANDO....
Confira no link abaixo o conteúdo de Revolução Inglesa. Bons estudos!!
2- REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Confira no link abaixo o conteúdo de Revolução Industrial. Bons estudos!!
As condições de trabalho na Revolução Industrial
Depoimentos de época
Depoimentos de época
(1) Os
primeiros dias de setembro foram muito quentes. Os jornais noticiavam
que homens e cavalos caiam mortos nos campos de produção agrícola. Ainda
assim a temperatura nunca passava de 29°C durante a parte mais quente
do dia. Qual era então a situação dos pobre crianças que estavam
condenadas a trabalhar quatorze horas por dia, em uma temperatura média
de 28°C? Pode algum homem, com um coração em seu peito, e uma língua em
sua boca, não se habilitar a amaldiçoar um sistema que produz tamanha
escravidão e crueldade?
(William Cobbett fez um artigo sobre uma visita a uma fábrica de tecidos feita em setembro de 1824)
O uso de crianças trabalhando na indústria têstil era comum |
(2) Pergunta: Os acidentes acontecem mais no período final do dia?
Resposta:
Eu tenho conhecimento de mais acidentes no início do dia do que no
final. Eu fui, inclusive, testemunha de um deles. Uma criança estava
trabalhando a lã, isso é, preparando a lã para a maquina; Mas a alça o
prendeu, como ele foi pego de surpresa, acabou sendo levado para dentro
do mecanismo; e nós encontramos de seus membros em um lugar, outro
acolá, e ele foi cortado em pedaços; todo o seu corpo foi mandado para
dentro e foi totalmente mutilado.
(John
Allett começou a trabalhar numa fábrica de tecidos quando tinha apenas
quatorze anos. Foi convocado a dar um depoimento ao parlamento britânico
sobre as condições de trabalho nas fábricas aos 53 anos)
Mulheres também eram utilizadas porque constituíam mão de obra barata |
(O Dr. Ward, de Manchester, foi entrevistado a respeito da saúde dos trabalhadores do setor têxtil em março de 1919)
(4) Aproximadamente
uma semana depois de me tornar um trabalhador no moinho, fui acometido
por uma forte e pesada doença da qual poucos escapavam ao se tornarem
trabalhadores nas fábricas. A causa dessa doença, que é conhecida pelo
nome de “febre dos moinhos”, é a atmosfera contaminada produzida pela
respiração de tantas pessoas num pequeno e reduzido espaço; também pela
temperatura alta e os gases exalados pela graxa e óleo necessários para
iluminar o ambiente.
(Esse depoimento faz parte do livro “Capítulos da vida de um garoto nas fábricas de Dundee”, de Frank Forrest)
(5)
Nosso período regular de trabalho ia das cinco da manhã até as nove ou
dez da noite. No sábado, até as onze, às vezes meia-noite, e então
éramos mandados para a limpeza das máquinas no domingo. Não havia tempo
disponível para o café da manhã e não se podia sentar para o jantar ou
qualquer tempo disponível para o chá da tarde. Nós íamos para o moinho
às cinco da manhã e trabalhávamos até as oito ou nove horas quando vinha
o nosso café, que consistia de flocos de aveia com água, acompanhado de
cebolas e bolo de aveia tudo amontoado em duas vasilhas. Acompanhando o
bolo de aveia vinha o leite. Bebíamos e comíamos com as mãos e depois
voltávamos para o trabalho sem que pudéssemos nem ao menos nos sentar
para a refeição.
(O jornal Ashton Chronicle entrevistou John Birley em maio de 1849)
(6)
Na primavera de 1840, eu comecei a sentir dores no meu pulso direito,
essa dor vinha da fraqueza geral de minhas juntas, o que vinha
acontecendo desde minha entrada na fábrica. A sensação de dor só
aumentava. O pulso chegava a inchar muito chegando a medir até 12
polegadas ao mesmo tempo em que meu corpo não era mais do que ossos. Eu
entrei no hospital St. Thomas no dia 18 de julho para operar. A mão foi
extraída um pouco abaixo do cotovelo. A dissecação fez com que os ossos
do antebraço passassem a ter uma curiosa aparência – algo como uma
colmeia vazia – com o mel tendo desaparecido totalmente.
(William
Dodd escreveu sobre sua situação como criança trabalhadora acidentada
no trabalho em seu panfleto “Narrativa de uma criança aleijada” no ano
de 1841)
(7) Quando eu tinha sete anos de idade fui trabalhar na fábrica do Sr. Marshall em Shrewsbury. Se uma criança se mostrasse sonolenta o responsável pelo turno a chamava e dizia, “venha aqui”. Num canto da sala havia uma cisterna de ferro cheia de água. Ele pegava a criança pelas pernas e a mergulhava na cisterna para depois manda-la de volta ao trabalho.
(Jonathan Downe foi entrevistado por um representante do parlamento britânico em junho de 1832)
(8)
Eu trabalhava das cinco da manhã até as nove da noite. Eu vivia a duas
milhas do moinho. Nós não tínhamos relógio. Se eu chegasse atrasado ao
moinho eu seria punido com descontos em meu pagamento. Eu quero dizer
com isso que se chegasse quinze minutos atrasado, meia hora de meu
pagamento seria retirado. Eu só ganhava um penny por hora, e eles iriam
tirar metade disso.
(Elizabeth Bentley foi entrevistada por representantes do parlamento britânico em junho de 1832)
(9)
A tarefa que inicialmente foi dada a Robert Blincoe era a de pegar o
algodão que caía no chão. Aparentemente nada poderia ser mais fácil...
Mesmo assim ele ficava apavorado pelo movimento das máquinas e pelo
barulho dos motores. Ele também não gostava da poeira e do cano que
soltava fumaça, pois acabava se sentindo sufocado. Ele logo ficou doente
e em virtude disso constantemente parava de trabalhar porque suas
costas doíam. Isso motivou Blincoe a se sentar; mas essa atitude, ele
logo descobriu, era proibida nos moinhos.
(As experiências vividas por John Brown numa fábrica de tecidos foram publicadas num artigo do jornal The Lion)
(10)
São constantes as informações sobre crianças que trabalham em fábricas e
que são cruelmente agredidas pelos supervisores a ponto de seus membros
se tornarem distorcidos pelo constante ficar de pé e curvar-se (para
apanhar). Por isso eles crescem e se tornam aleijados. Eles são
obrigados a trabalhar treze, quatorze ou até quinze horas por dia.
(Trecho do livro “A História da produção de algodão”, de Edward Baines)
Obs.: Os
depoimentos e trechos de livros ou jornais reproduzidos nesse artigo
foram obtidos no site educacional Spartacus, da Inglaterra. O endereço
eletrônico desse material, em seu original na língua inglesa é http://www.spartacus.schoolnet.co.uk/Textiles.htm.
Tradutor:
João Luís Almeida Machado
https://www.slideshare.net/profjanaina/revoluo-industrial-12073288
REVISANDO...
No link abaixo você terá a aula utilizada em sala sobre Revolução Industrial. Bons estudos!!!https://www.slideshare.net/profjanaina/revoluo-industrial-12073288
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