REVOLUÇÃO FRANCESA
REVOLUÇÃO FRANCESA - 1789
Confira no link abaixo a aula dada em sala. Faça bom proveito e estudem!! Até a próxima.
http://www.slideshare.net/profjanaina/revoluo-francesa-12622472
Assista ao filme exibido pela History Chanel sobre a Revolução Francesa. Ela retrata sobre a Era do Terror e a ascensão de Napoleão.
" A questão levantada pela Revolução Francesa é: quanta violência é justificável por uma sociedade melhor? Se as pessoas tem o direito de abolir um sistema injusto e substituí-lo por um que acham mais justo, quanta violência é justificável para se fazer isto?"
conheça mais sobre a figura de Napoleão Bonaparte, sua fuga da ilha
O resgate de Napoleão
Animados pela Revolução Pernambucana de 1817, um grupo de emigrados franceses nos Estados Unidos elaborou um plano para resgatar o imperador em Santa Helena e trazê-lo para a América usando o Brasil como base de operações.
http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/o_resgate_de_napoleao_imprimir.html
Dossiê Napoleão: A segunda morte do ImperadorNapoleão repousa no Museu dos Inválidos? O escritor Georges Rétif acredita que ele foi envenenado pelos ingleses, que teriam substituído seu corpo no caixão para ocultar o assassinato. |
ATIVIDADE 1
Observe as imagens abaixo. Se trata de importantes documentos assinados no contexto das Revoluções Inglesas, Independência dos Estados Unidos e Revolução Francesa.
Bill Of Right de 1689 - Inglaterra
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Declaração de Independência dos Estados Unidos - 1776
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Declaração dos Direitos do Hmem e do Cidadão - 1789
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A partir de seus estudos sobre estas revoluções compare estes três documentos IDENTIFICANDO seus elementos em comum, suas divergências e os princípios básicos defendidos por cada um.
ATIVIDADE 2
LEIA os textos abaixo:
“OLYMPE DE GOUGES: AS MULHERES E A REVOLUÇÃO”
(...) Nascida
em 1748, Marie Gouze vivia envolta na atmosfera feudal, nos costumes
patriarcais e no velho paradigma que caracterizavam as relações sociais. Filha
de uma família modesta, casou-se cedo com apenas dezesseis anos com um homem
bem mais velho, tornando-se mãe e ficando viúva logo em seguida. Esta
poderia ser uma história como de tantas outras mulheres da época, mas o que
diferencia Marie Gouze das outras mulheres? Que destino aguardava essa ilustre
mulher? A diferença fundamental é que para ela o fato de viver fadada aos
infortúnios de uma vida regrada e submissa aos padrões da época haveria de ser
mudado. Seu pensamento ganhará corpo não só porque era revolucionário em sua
concepção, mas porque será pronunciado num tempo onde suas questões terão
terreno para se desenvolver. Marie Gouze nasceu num século de intensas
transformações.
Muda-se para
Paris, pois queria se tornar uma mulher das letras, abandonando quaisquer
resquícios do Antigo Regime que poderiam tolhê-la e obrigá-la a viver de um
modo pré-determinado. Passa então a se opor ao casamento, inclusive
recusando-se a casar com o grande amor de sua vida, Jacques Bietrix de Rozière,
mesmo sabendo que ficaria rica se o fizesse. Suas ações inovadoras indicam uma
verdadeira virada de valores que até então estavam enraizados na sociedade.
Ações tão radicais que culminam na mudança do seu nome para Olympe de Gouges,
como ficaria eternamente conhecida. Frequentando os salões parisienses de arte,
ela conhece os maiores nomes da literatura e da filosofia francesa. É uma
mulher independente, preocupada com as mais diversas causas, como a emancipação
das mulheres, a instituição do divórcio, a abolição dos escravos e a criação de
um teatro para a dramaturgia feminina. Escreve 30 peças teatrais e seu primeiro
trabalho é lido na Comédia Francesa, porém jamais é montado.
Nos turbulentos
dias do ano de 1788, a
Assembleia dos Três Estados (ou dos
Estados Gerais), que culminaria na Revolução Francesa, foi convocada. Olympe de
Gouges, aos quarenta anos, faz-se presente. Disposta e consciente do seu papel
naquele processo, sua vida passaria a ser marcada pela política e pelas leis. A
Revolução Francesa, além de um marco na história mundial, foi decisiva na
história das mulheres. Propondo os ideais de igualdade entre os indivíduos, ela
pôs em questão as relações entre os sexos, abordando o lugar de direito da
mulher na sociedade. Entretanto, esse lugar não seria concedido, pois até mesmo
os líderes revolucionários, seguindo as mesmas opiniões dos
contrarrevolucionários, defendiam a manutenção do papel social da mulher. Agiam
contra os próprios ideais libertários da Revolução e lutavam para que as
mulheres “permanecessem em seu lugar”: o ambiente doméstico e a vida privada.
Temiam que as mulheres invadissem o território masculino dos direitos, da vida
pública e da superioridade na hierarquia dos sexos. Numa época onde as leis
eram criadas por homens, as mulheres começam a tomar consciência histórica de
sua cidadania e a enxergar a possibilidade de romper as correntes repressivas
que as deixavam em posição de submissão e inferioridade aos homens. A mulher
era agora civil, política, e exigente do seu lugar na cidade, segundo os
direitos que a Revolução lhe dera. Entretanto, essa liberdade era limitada.
Olympe de
Gouges não abandonou sua vida em Montauban para presenciar tais acontecimentos
e ficar inerte. Muito pelo contrário, para ela a tirania dos homens deveria ser
combatida pela militância das mulheres contra as injustiças masculinas: uma
guerra entre ambos. Numa sociedade marcada pela distinção entre os sexos, ela
via na Revolução um agente transformador que escancarava a exploração da mulher
pelo homem e, definitivamente, o momento para a mobilização das mulheres contra
tais “atrocidades”. Era hora de suprimir os discursos naturalistas que atribuíam
as qualidades do pensamento ao homem e à mulher a sensibilidade, o coração e a
família – aos homens a esfera pública e às mulheres a vida privada, observada e
controlada pelos “chefes da casa”.
Em 1791 Olympe de Gouges
escreve o panfleto Declaração dos direitos da mulher e da cidadã, um modelo
explicitamente feminizado e provocador da Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão de 1789. Nele ela conclama as mulheres à ação – “Ó, mulheres! Mulheres, quando deixareis vós de ser
cegas?”, numa crítica visceral à desigualdade entre os sexos, visto que a
exclusão imposta a elas pouco condiz com a declaração de 89. A inserção da mulher em
condições de igualdade, tanto de direitos como de deveres, na vida política e
civil do país torna-se essencial para ela.
Olympe de
Gouges foi a primeira mulher a lançar-se na arena pública, onde também pôs em
prática as suas teorias: ela reivindica os mesmos direitos que os homens, ela
correrá os mesmos riscos que eles e lutará para ter as mesmas obrigações.
Assume as suas opiniões, através das suas peças de teatro, dos seus panfletos,
dos seus cartazes. Denuncia os abusos do Antigo Regime, assim como os do novo,
e luta incessantemente pela liberdade, pela justiça, pelos fracos, os
oprimidos, as mulheres, mas também os negros, as mães solteiras, os filhos fora
do casamento, as prostitutas, os desempregados — sugerindo a criação de oficinas nacionais
para empregá-los.
Com o clima do
Terror instaurado pelos revolucionários, seus ideais libertários sofrem
ameaças. Girondina e revoltada com o Terror, ela ataca duramente Marat e
Robespierre, que passam a considerá-la "perigosa demais". Denunciada
pelo seu afixador de cartazes, é presa na Ponte Saint-Michel e imediatamente
encarcerada. Do fundo da sua masmorra, ainda consegue fazer afixar em Paris um
último panfleto descrevendo as condições em que está presa e a garantir a sua
inocência. Em vão. Em
2 de Novembro de 1793, às sete da manhã, é julgada e condenada à morte pelo
Tribunal Revolucionário. Foi-lhe recusado um advogado. No dia seguinte, ela
sobe ao cadafalso. Antes de morrer, afirmaria: "A mulher tem o direito de
subir ao cadafalso, ela deve ter igualmente o direito de subir à tribuna."
Bibliografia de referência:
·
SLEDZIEWSKI, Élisabeth G. Revolução Francesa. A
viragem. IN: História das Mulheres no Ocidente. (Michele Perrot e George Duby,
org.), Vol. 4. Porto. Edições Afrontamento, 1991.
·
HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções. 19ª ed., Rio de
Janeiro, Paz e Terra, 2005.
·
PERROT, Michelle. Mulheres. IN: Os Excluídos da
História: operários, mulheres e prisioneiros. Rio de Janeiro. Paz e Terra,
1988.
·
PERROT, Michele (org.). História da vida privada: da
Revolução Francesa à Primeira Guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.
Condorcet, a luz da Revolução Francesa na escola
Matemático preconizava uma Educação que contribuísse para a liberdade
de pensamento
Marie-Jean-Antoine-Nicolas de Caritat, o marquês de
Condorcet, nasceu em 1743 em Ribemont, Aisne, norte da França. Seu talento para
a matemática chamou a atenção quando era adolescente. Condorcet publicou um
tratado sobre cálculo integral e desenvolveu um método de contagem de votos
utilizado até hoje. Em 1774, integrou a equipe de conselheiros econômicos de
Luís XVI. Eleito em 1781 para a Assembleia Nacional, redigiu o projeto para a
instrução pública e um esboço de Constituição. Não foram adotados, mas se
tornaram modelos para democracias do futuro. Com a radicalização política
ocorrida na sequência da Revolução Francesa, Condorcet foi acusado de traição
por ter criticado um novo projeto constitucional. Perseguido, escondeu-se por
oito meses na casa de uma amiga, onde escreveu Esboço de um Quadro Histórico
dos Progressos do Espírito Humano. Descoberto, foi levado à prisão em 1794,
onde morreu misteriosamente dois dias depois.
Menos de três anos depois da tomada da Bastilha, em 14 de
julho de 1789, data oficial do triunfo da Revolução Francesa, a Assembleia
Nacional, que havia sido investida de poderes constituintes, recebeu um projeto
de organização geral da instrução pública elaborado pelo marquês de Condorcet
(1743-1794). Um dos líderes ideológicos da revolução, o matemático e filósofo
ocupava uma cadeira de deputado pela cidade de Paris. Seu projeto, apresentado
na ocasião, era uma tradução para o campo educacional dos ideais iluministas
que nortearam o processo de revolução.
Assim como a data simboliza o fim do absolutismo e a vitória da democracia,
tanto quanto a substituição da aristocracia pela burguesia no poder político e
econômico, o projeto de Condorcet - embora não tenha sido aprovado pela
assembleia - construiu o arcabouço de uma nova Educação. "A Revolução
Francesa materializava, por intermédio dele, a criação do modelo da escola do
Estado-Nação: única, pública, gratuita, laica e universal", diz Carlota
Boto, professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo
(USP).
Na concepção do marquês, a instrução era não só do Estado como também uma
condição básica para o seu funcionamento. "O projeto de Condorcet tem um
claro compromisso com a meta de uma sociedade democrática", prossegue
Carlota Boto. "Ele entendia que de nada adiantava declarar um povo como
portador de direitos - e a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão era a
marca da revolução - se cada um dos indivíduos não pudesse desfrutar
deles."
Inclusão de todos,
independentemente do sexo
Condorcet tinha uma concepção de sociedade democrática muito avançada, que
incluía todas as pessoas, sem exceção. Ele foi um dos pioneiros na defesa de um
ensino igual para homens e mulheres e também do voto feminino, que a maioria
dos revolucionários não aceitava. Em discursos e escritos, argumentava contra a
discriminação a protestantes e judeus e pregava o fim da escravidão e o direito
de cidadania dos negros.
Educação, dizia Condorcet, era uma questão política. Por isso a ênfase no papel
do Estado, assunto da primeira das Cinco Memórias sobre a Instrução Pública,
versão em livro do projeto apresentado à Assembleia Nacional. Seria
responsabilidade do poder público zelar para que a "desigualdade que nasce
da diferença entre os espíritos" não se tornasse, na prática, um motivo de
distribuição desigual de direitos. A Educação, segundo Condorcet, deveria ser
para todos e oferecer a possibilidade de
desenvolvimento dos talentos individuais. A sociedade justa seria baseada no
mérito de cada um.
Um ensino que contribuísse para a liberdade de pensamento e a emancipação dos
cidadãos não poderia estar subordinado aos dogmas da religião. Era pré-condição
de sua existência que fosse totalmente laico. Diferentemente de alguns
correligionários, Condorcet tampouco acreditava que a escola tivesse o papel de
difundir civismo e amor à pátria. Ele via nisso um perigo de doutrinação e
adoção não racional de princípios. "Mesmo sob a mais perfeita das
Constituições, um povo ignorante é um povo escravo",dizia.
AGORA RESPONDA:
1- Leia buscando compreender o texto e o contexto de I Coríntios 11:1-16 . Responda:
a. Há espaço para feminismo a partir de uma reflexão bíblica?
b. Qual a proposta do Evangelho, em relação à humanização da mulher?
c. Escreva o seu próprio texto descrevendo os direitos e a importância do papel da mulher na sociedade, segundo os princípios bíblicos.
2- ANALISE os limites do ideário iluminista frente à questão de gênero (homem e mulher) à época da Revolução Francesa.
3- DESCREVA DOIS direitos conquistados pela mulher e que elas usufruem nos dias atuais.
Assista ao filme A coroa do Imperador da série Cidade dos Homens clicando no link abaixo:
Leia a frase:
" ...nada adiantava declarar um povo como portador de direitos - e a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão era a marca da revolução - se cada um dos indivíduos não pudesse desfrutar deles."
No episódio A coroa do Imperador, da Série Cidade dos homens há uma reflexão do personagem Acerola (Luis Cláudio) acerca dos temas liberdade, segurança, riqueza e impostos.
Vimos que a liberdade foi considerada pelos filósofos iluministas um direito natural e inalienável expresso inclusive na Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão.
4- A partir do exposto acima DISCUTA sobre a realidade brasileira contemporânea ESTABELEÇA COMPARAÇÕES com a França pré-revolucionária levando em conta a questão apresentada pelo personagem Acerola e os pensamentos de Condorcet.
5- IDENTIFIQUE quais outros grupos sociais ainda hoje estão excluídos, em sua opinião, de seus direitos como cidadãos no Brasil.
6- IDENTIFIQUE qual o tratamento despedido por Jesus Cristo no Novo Testamento (Bíblia Sagrada) à mulher e a outros grupos marginalizados na sociedade da época.
7- PROPONHA uma ação que, em sua opinião possa contribuir para o estabelecimento de uma sociedade mais justa e igualitária.
Link do episódio A Coroa do Imperador
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